domingo, 10 de maio de 2009

RESENHA: Filme O Clube do Imperador
Emperor's club
Diretor: Michael Hoffman
Atores: Kevin Kline, Emile Hirsch
Duração: 108 min.
Ano: 2002




O CLUBE DO IMPERADOR
A escola educa, mas não muda o caráter

Flávio Perina
4º Ano de Jornalismo



O filme conta a história de um colégio interno onde um professor chamado Hundert
(Kevin Kline) forma “o Clube do Imperador” para estudar cultura greco-romana. No
clube, o mestre tenta moldar a personalidade dos alunos usando os bons exemplos dos
personagens históricos.

O caráter ilibado do professor entra em choque quando se depara com o arrogante
aluno, Sedgewick Bell (Emili Hirsch), filho de um senador milionário e sem escrúpulos,
que era um dos maiores mantenedores do colégio. O garoto mantinha um
relacionamento sem diálogo nem tampouco carinho e afetividade com o pai, apesar de
suas tentativas de aproximação.

Nesse desafio, o professor acaba, desonestamente, forjando uma classificação no
concurso (Clube do Imperador), desviando-se de seu caráter reto para tentar aproximar-
se do garoto e passar-lhe seus conceitos. Percebendo, porém, que apesar de alguns
poucos avanços não consegue mudar o caráter do aluno, o professor entra em um
conflito interno sobre o que são vitórias e derrotas.
Esse conflito se torna mais profundo quando se decepciona, ao perceber que, mesmo
entre os mestres da escola, a esperteza se sobrepõe a retidão de caráter e a honestidade.
Quando chega sua chance de galgar o cargo máximo, é preterido como diretor. A
escolha recai sobre alguém bem mais jovem que ele e que tinha como principal
habilidade conseguir dinheiro para sustentar o colégio.

O filme nos mostra que o ser humano será sempre imperfeito. A falta de caráter e a
desonestidade existem em todos os lugares e, até mesmo pessoas que sempre seguem
esses princípios podem – uma hora ou outra – ter algum deslize. Há necessidade, como
seres humanos, de nos renovarmos todos os dias. Ao acordarmos de manhã,
necessitamos reafirmar nossos votos de retidão de caráter, justiça e fidelidade aos
nossos princípios.

Conclui-se com o filme que, por melhor que seja a escola ou o professor, o caráter e a
personalidade são moldados pelo “berço” e, no decorrer da vida, os meios podem
interferir, porém, o que de fato fica, são os exemplos – bons ou ruins – que recebemos
de nossos pais. O filme é recomendado para pais, professores e estudantes que
pretendam usar a psicologia para entender melhor o ser humano.

3 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Belmira: Este filme traz diversas questões a se pensar, não é mesmo? Aonde entra a moral, os objetivos da docência, as inter-relações. Sempre que quiser colocar um filme, música, trecho de uma poesia da internet, por ex, é essencial que explique ao leitor porque este material faz sentido para ti, ok? Abraço, Anice.

Cristina Winter disse...

Ok, Anice
Obrigada pelas dicas, quando estamos escrevendo, parece que tudo está bem explicado, mas o leitor é que tem que endentre melhor.
Abraços

Anice - Tutora PEAD disse...

Exato. As vezes parece que tudo é óbvio, mas não. O leitor não está na nossa mente para saber porque determinado assunto é relevante, faz sentido ou é digno de crítica, ok? Abraço, Anice.