domingo, 20 de setembro de 2009

LIBRAS

A aula presencial de Libras me deixou admirada. Não sabia se olhava para a professora, pois queria aprender os sinais ou olhava para a interprete, maravilhosa que durante a aula recebeu vários elogios da professora. Sou daquelas alunas que para prestar a atenção tenho que olhar para quem explica, fala.
Trouxe esta situação da aula de libras para contar que na mesma semana, recebemos em nossa escola um aluno transferido do interior e antes de realizarmos a matrícula soubemos que seus pais são surdos. A secretária ficou apavorada, não sabendo o que fazer , como atender e explicar a documentação necessária, o funcionamento da escola etc.., eu apesar de não saber nada de libras me coloquei a disposição para ajudar no atendimento, seria uma oportunidade de aprender um pouquinho mais sobre este assunto. Para nos ajudar chamamos uma funcionária que tem um filho surdo, ela como mãe teve que aprender Libras e fazer vários cursos até de interprete para melhor atender seu filho, poder participar de todos os momentos de sua vida.
Foi muito interessante o atendimento, ficamos todos encantados,ela se comunicou tranquilamente, tirando todas as dúvidas da família e deixando o casal muito a vontade,sem nenhum constrangimento, quero registrar que os demais colegas que estavam juntos se sentiram excluídos da conversa, não entendemos quase nada, mas de positivo ficou o reconhecimento pela pessoa que ali estava para atender, usando naturalmente todos os seus conhecimentos sobre o assunto.
Acreditamos que em parte alcançamos nossos objetivos, passamos segurança a família do aluno que iremos atender por muito tempo e temos a certeza que será uma família que não terá medo de vir a escola, participará com tranquilidade, sem se sentir diferente. Quando me refiro que alcançamos em parte nossos objetivos é somente um registro da necessidade de termos em nossas escolas pessoas capacitadas neste assunto.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Cristina! Bem interessante teu relato! Vocês tentaram encontrar maneiras eficazes de comunicação mesmo que isso tenha causado apreensão em algumas pessoas. Legal perceber que os próprios pais deste novo aluno estavam tranqüilos, não é mesmo? De repente, poderíamos pensar que eles é quem estariam tensos com receio de que não pudessem ser compreendidos, mas não foi isso que ocorreu, né! Que bom que não foi isso que aconteceu. Estes exemplos nos mostram o quanto esta realidade ainda deve ser melhor entendida por todos. Abraço, Anice.